No Dia da Mulher, uma referência A Dona Antónia
Nos tempos em que os bagos de uva não se podiam perder, os pais, aquando das vindimas no Douro, diziam aos filhos que a Ferreirinha (diminutivo por que é conhecida na região do Douro a Dona Antónia Adelaide Ferreira), fez 60 pipas de vinho só com bagos de uva(!).
Pois hoje apeteceu-me deixar aqui a minha homenagem às mulheres, lembrando a grande empresária do Douro no século XIX.
Retirei a seguinte passagem do site da Quinta do Vale Meão. Sei que o Dr Francisco Olazabal não vai levar a mal.
«Graças a uma combinação – rara para uma senhora dessa época – de visão, coragem, independência de espírito e empreendedorismo, desenvolveu de forma espectacular a empresa familiar, tornando-se na maior proprietária do Douro e dona de uma das maiores fortunas do país.
Passou a maior parte da sua vida no Douro, levando uma vida simples e austera, dedicando uma boa parte da suas energias e recursos na melhoria das condições de vida dos seus conterrâneos. Em 1855, quando o Douro foi assolado por um epidemia de cólera, escreveu: “cada um na sua terra deve fazer tudo o que seja para bem da humanidade”.»